sexta-feira, 9 de março de 2012

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Por Alexandre Mota


O Banco Central Europeu, depois de ter providenciado empréstimos de longo prazo ao sector bancário via LTRO 1 e 2, não está preparado para oferecer mais estímulos sem antes julgar o impacto das suas acções. Entretanto, o ónus é passado para os bancos e governos europeus.

O presidente do BCE, Mario Draghi, reconheceu que a economia europeia não fez mais do que estabilizar. A previsão de inflação foi revista em alta para 2,4% - acima do tecto de 2% do BCE.

O BCE parece satisfeito com o seu trabalho, reclamando os méritos de ter evitado um crash no crédito, estabilizando assim os mercados

Draghi não coloca de parte mais empréstimos (PRINT+PAUSE+PRINT+PAUSE) e declara que os efeitos dos LTRO`s são extremamente complicados e devem ser analisados cuidadosamente. Acrescentou que o aumento do crédito à economia demorará meses a ter efeitos visíveis nas estatísticas oficiais, sugerindo que mais LTRO`s não estão no horizonte imediato do BCE. 

Comentando a carta do presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, que expressou preocupações sobre os riscos que estavam a ser corridos, Draghi referiu que vários membros do conselho de governadores mostraram preocupações semelhantes.

CONCLUSÃO:

Apesar do BCE estar satisfeito com o facto de ter providenciado fundos que os bancos precisavam, o mesmo BCE não está preparado para aumentar o seu balanço subsidiando os bancos ou fazendo o trabalho dos governos. O BCE inundou o mercado de liquidez, a “bola” está agora do lado dos bancos e dos governos.


IMPACTOS:

Com a impressora em modo PAUSE, os índices accionistas estão mais vulneráveis a uma correcção em baixa. Essa correcção já aconteceu nos primeiros 2 dias desta semana. C`est fini? On vera…

Nota: Importante a reacção aos números do emprego nos EUA (13:30)


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