No seu mais recente livro, “Hedge Fund Market Wizards”, Jack
Schwager repete a fórmula dos anteriores bestsellers, Market wizards e
The New Market wizards, conduzindo um conjunto de entrevistas a gestores de
sucesso, as quais nos levam ao âmago das estratégias vencedoras. No final do
livro, o autor sentencia quarenta lições a aprender ou recordar, ao dispor de
quem quiser refletir sobre as mesmas e, por fim, percebe-las. São estes “quarenta
mandamentos” que começarei a dissecar em leves lotes de cinco.
Não é uniforme a
terminologia dos mercados para investidor e especulador/trader. O mais usual é
classificar o investidor como alguém que faz investimentos no longo prazo
aproveitando as discrepâncias entre preço e valor. Já o trader é mais conotado
com táticas especulativas de curto prazo. Na classificação de J. Schwager, o
trader distingue-se do investidor pela abrangência de instrumentos e táticas,
quer de curto quer de médio/longo prazo, destacando-se a possibilidade de ter
posições curtas. Com a evolução dos mercados financeiros, os dois conceitos
misturaram-se sendo usual vermos investidores a introduzir componentes
especulativas nas suas carteiras, assim como traders a recorrer ao “value
investing” em determinados momentos do mercado. É esta mistura complexa que nos
interessa abordar, sendo portanto despiciendo chamar a um negócio um “trade” ou
um “investimento”. Assumamos que é sempre um “trade” e que a atividade se chama
“trading”. Investimento é assim um caso particular do “trading” e o investidor
é apenas um caso particular da classe dos especuladores.
Lições (5/40)
Muitos traders acreditam que
existe uma única solução para o enigma do mercado. Não só isso não é verdade
como as próprias soluções existentes estão sempre a mudar.
Um método que seja perfeito para
um trader pode ser desastroso para outro. Um trader impulsivo dificilmente
coexistirá com ideias de longo prazo. Um trader calmo dificilmente aguentará os
ziguezagues do day trade.
Se a posição for demasiado grande, o risco é maior, o
que pode levar a saídas precipitadas. O gestor Vidich avisa: “Limite o tamanho
da tua posição para que o medo não seja o sentimento prevalecente ao julgamento
das entradas e saídas”
4. Flexibilidade
é uma qualidade essencial ao sucesso no trading
Traders talentosos não só liquidam posições a perder como também revertem a sua posição, se acreditam
que cometeram um erro de avaliação
5. Adapte-se
Os mercados mudam. Estratégias
que resultaram podem começar a deteriorar-se. Bons traders são vigilantes
quanto à possibilidade de deterioração da metodologia e estão em constante
adaptação.
Envie o seu comentário para alexandre.mota@goldenbroker.com
Bons investimentos!
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