segunda-feira, 14 de maio de 2012

Grécia Out

Por Alexandre Mota

Façamos uma antevisão pouco detalhada do que pode acontecer se a Grécia sair do Euro: O novo Drachma cairá rapidamente entre 30% e 50%; um default quase total de pagamentos ao exterior será aplicado mas não será suficiente para terminar com a austeridade, dado que os impostos não serão suficientes para cobrir as despesas, ou seja, a Grécia mantém e manterá um défice orçamental primário por cobrir; o preço das importações disparará e os padrões de vida cairão a pique. A esperança poderá estar numa retoma da competitividade pela via cambial….

O contágio para outras nações em dificuldade (como Portugal):

A saída da Grécia do euro levará a fortes resgates dos bancos da periferia, alimentando um círculo vicioso de confiança/falta de capitalização.

Sem alternativa, as autoridades político-monetárias estabelecerão limites à circulação de capital.

O fim ou a continuidade do euro dependerá da posição alemã. Se a Alemanha entender que para salvar o euro deverá flexibilizar a sua posição dando mais tempo aos países da periferia, nesse caso a Grécia poderá ser caso único. Se tal não acontecer será o fim do euro. Com estrondo….

Nota final:

 Robert Mundell, frequentemente citado como o autor da ideia de zonas monetárias ótimas, elenca quatro citérios necessários para uma união monetária e cambial bem sucedida:

- liberdade de circulação de pessoas;

- liberdade de circulação de capitais e flexibilidade de preços e salários;

- mecanismos fiscais de transferência para as áreas afetadas pelas duas primeiras características acima;

- os vários participantes na zona monetária ótima estão no mesmo ciclo de negócio.

 Caro leitor, pense na zona euro e faça o exercício…é uma zona monetária ótima? Pense nos EUA e faça o mesmo exercício.

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